segunda-feira, 30 de novembro de 2015
quinta-feira, 17 de setembro de 2015
Rede de Contatos na Nova Igreja
por Alex Hershey
Antes de eu plantar uma igreja, eu pensava que você só tinha que se
sentar em uma cafeteria e esperar que as pessoas se achegassem até você e
dissessem: “eu preciso de Jesus”, e então elas seriam batizadas. Mas
rapidamente eu percebi que se eu sentasse em uma cafeteria todos os dias, as pessoas
iam apenas pensar que eu estava desempregado ou que era um designer gráfico.
Muitas vezes a necessidade de conhecermos novas pessoas surge pra nós,
isso ocorreu quando estávamos na escola ou em um novo local de trabalho. Apesar
de termos conhecido novas pessoas ao longo de toda nossa vida, conhecer novas
pessoas é ainda uma das tarefas mais intimidantes que existe. Pode ser difícil
e de alguma forma, nos obrigar a sermos pessoas que nós nunca fomos. Plantar uma
igreja exige que você seja parte da vizinhança e da comunidade, constantemente
encontrando-se com novas pessoas. A grande questão é descobrir como fazermos
isso de uma forma em que não seja difícil para nós ou que não nos faça parecer
estranhos.
Então, quando eu comecei a plantar uma igreja eu também iniciei uma
jornada sobre como aprender a fazer novos relacionamentos.
Fazer novos contatos - network - é a arte de encontrar novas pessoas que possam
conhecer quem você é e que percebam que você se importa com a vida da
comunidade. Não é apenas sobre conhecer novas pessoas para convidá-las à
igreja. Muitas vezes isso acontece, mas, em geral, você conhece pessoas que já
estão conectadas a uma igreja ou que não tem desejo de pertencer a uma igreja,
especialmente a sua. Quando eu comecei a fazer a rede de relacionamentos eu me
senti grandemente desencorajado, porque tive a sensação de que todo mundo já
estava indo à igreja e ficava imaginando qual era a necessidade de eu ficar lá
tentando conhecê-las. Foi quando eu percebi que fazer uma rede de
relacionamentos não tem apenas a ver com o convite, mas também em expandir o
conhecimento sobre quem você é e que você se importa com a comunidade, com
isso, eu acabei me apaixonando por fazer novos relacionamentos, e mais
importante, por aquelas pessoas.
Frequentemente eu digo que algumas das pessoas que são os meus melhores
apoiadores, que convidam e recomendam a igreja a outras pessoas, nunca estiveram,
e talvez nunca estarão lá. Mas desde que nos conectamos com nossa comunidade e
formamos um grupo de amizades na qual existe confiança mútua, estas pessoas
falarão para seus clientes, empregados e amigos para irem à igreja e verem se
lá fará bem a elas.
O que eu tenho aprendido na plantação é que ela tem tudo a ver com
conhecer novas pessoas e realmente as amar da forma como elas são. Conhecer
pessoas da nossa comunidade, desde o diretor do hospital aos pequenos comerciantes,
fará com que seus pés estejam às portas de alguém que Deus tem a intenção que
você compartilhe sobre o amor e a graça de Jesus.
Fazer novos relacionamentos torna a comunidade o seu gabinete.
Comece por meio de ligações, e-mails, ou simplesmente pare no escritório
de alguém e se apresente como o pastor de uma nova igreja na cidade. Pergunte sobre
coisas simples como: “qual é sua parte favorita nesta cidade?” e “onde você vê
que existem necessidades a serem atendidas?”
Com que você inicia? Os diretores das escolas tem contato com muitas
pessoas da comunidade. A Câmara dos Dirigentes Logistas pode lhe informar quem
são as pessoas ativas na comunidade. Todas as pessoas que foram eleitas estão sempre
a procura de algo para fazer, então eles poderiam muito bem se encontrar com
você.
Uma vez que você se encontrar com estas pessoas, vai ser como uma bola
de neve, rapidamente mais e mais pessoas saberão quem você é. Em algumas semanas
você comparecerá a reuniões públicas e em outras fará contato com pessoas que
podem não ser muito simpáticas pelo Facebook. Mas não pare de estar na
vizinhança andando na comunidade.
Todas as semanas você vai aprender mais sobre as pessoas que Deus está
lhe chamando a servir e a compartilhar o amor e a graça de Cristo.
Enquanto conhece as pessoas você ficará impressionado com quem serão as
pessoas que Deus vai colocar em seu caminho, e de como eles serão parte integrante
da formação da nova igreja e celebrarão com você a nova vida em Cristo.
Os melhores lugares que eu achei para começar encontrar pessoas:
·
Câmera dos Dirigentes Logistas
·
Reuniões dos Conselhos Municipais
·
ONGs
·
Escolas (eventos esportivos, reuniões
de conselho, etc)
·
Supermercados
·
Praças esportivas (futebol, basquete,
etc)
Não tenha medo de olhar para as pessoas e convidá-las. Lembre-se: as
pessoas estão apenas a um convite de terem suas vidas transformadas por Jesus.
Alex Hershey é pastor do The
Branches, uma igreja plantada em Plainfield, Indiana – EUA. Ele é casado com
Krista e eles têm 3 filhos: Elliott, Audrey e Elsie. Alex é pastor da Igreja
Metodista Unida.
Tradução e Adaptação: Lucas Andrade
Ribeiro
Extraído: http://churchplantercollective.seedbed.com/2015/09/09/networking-new-church/
sexta-feira, 4 de setembro de 2015
Da Célula à Igreja Local: Desafios & Perspectivas para a Plantação de Igrejas
por Douglas Bortone.
Plantar
Igrejas relevantes é um desafio presente em nosso contexto brasileiro atual. As
constantes transformações sociais do século XXI exigem cada vez mais uma
proposta eclesiológica (a maneira em que a Igreja se organiza) capaz de
responder os seus anseios, sem desprezar a essência do evangelho. Plantar
Igrejas relevantes começa a partir do diálogo entre os desafios sociais e a
missão de Deus para o mundo, fazendo com que este processo colabore com o
crescimento integral da Igreja e principalmente, com o cumprimento da grande
comissão. Sobre isso, Ronaldo Lidório afirma algo interessante:
Tenho
argumento que o plantio de igrejas é peça fundamental na Missio Dei. Sem o
plantio de novas igrejas o propósito de Deus não é realizado na terra. A
transformação da sociedade na direção de Deus ocorre através da sua agência, a
Igreja, e assim comunidades locais de convertidos são a maior expressão de sua
presença e seu desejo transformador[1].
Nesse sentido, a Igreja
cumpre o desafio que está proposto em Mateus 28.19: “fazer discípulos”. E quando eu me envolvo com a sociedade
e faço discípulos/as, ali eu começo a plantar uma Igreja relevante. Se
entendemos o conceito de Igreja como uma “reunião” e “junção” de discípulos,
logo, onde eu faço discípulos/as eu automaticamente posso iniciar um processo
de plantação de Igrejas por meio da visão do discipulado.
Conhecer
a comunidade é abrir caminho para ser aceito por ela, para criar condições e
desenvolver simpatia e empatia. É tornar a igreja parte da comunidade, deixando
de ser um corpo estranho. A Igreja não está na comunidade só para cuidar dos
seus fiéis. Ela está ali para trabalhar com toda a comunidade, para fazer com
que todos ouçam, vejam, sintam e sejam alcançados pelo evangelho.[2]
O primeiro desafio é a oração. Certeza vez ouvi
dizer que: “uma visão sem oração é apenas
uma ilusão”. De fato, se desejamos ver a nossa visão, seja ela qual for, se
concretizando na terra precisamos investir tempo em oração. O êxito do nosso
trabalho está na oração e não podemos negligencia-la. Se a nossa visão é plantar Igrejas, precisamos
gerar primeiramente no mundo espiritual. Orar pela futura Igreja, orar pelas
pessoas, orar pela cidade. Além disso “a oração e a semeadura abundante lhe
indicarão por onde começar a fazer amizades e encontrar pessoas receptivas”[3].
A
oração é uma ferramenta fascinante para a pessoa que deseja ministrar a outros.
É uma das coisas mais simples que podemos fazer. Tudo que precisamos fazer é
sentar (ou ajoelhar) e elevar alguém a presença de Deus. No entanto, a maioria
de nós vai ter que admitir que a oração pelos outros é uma das coisas mais
difíceis para se colocar em prática. Nós
nos ocupamos demais. Nós nos distraímos demais. Ficamos desanimados e não
oramos o suficiente[4]
O segundo desafio deste processo é trazer para
perto os novos discípulos, frutos do cumprimento da grande comissão. A visão da
“Igreja Multiplicadora[5]”
define esse processo como: “Relacionamento
Discipulado” – “o relacionamento intencional de um
discípulo com outra pessoa visando torna-la outro discípulo”[6].
Após o contato pessoal e o interesse por parte do indivíduo, o “Relacionamento
Discipulador” é essencial. É o ponto
chave que desencadeara no desenvolvimento da primeira célula, sendo esse fator
principal para o seu desenvolvimento e crescimento até a sua multiplicação.
Uma das bases das
Células é o desenvolvimento de
relacionamentos que a compõe. O relacionamento discipulador, nesse sentido
é que dará início a primeira célula. Sem os relacionamentos não será possível
criar vínculos que sustente essa primeira etapa no processo de plantação de
Igrejas. O plantador de Igreja deve ser alguém disposto a se envolver com a
sociedade e a se relacionar com as diversas pessoas chaves para esse primeiro
momento. Novamente, a visão da “Igreja
Multiplicadora” afirma que:
O
que difere o trabalho de plantação de uma nova Igreja do trabalho de “fazer
discípulos” de uma igreja local é apenas a intencionalidade de estabelecer uma
nova comunidade de discípulos em um determinado bairro ou cidade. Nesse
desígnio, o plantador de igrejas não perderá nenhuma oportunidade de anunciar o
evangelho a pessoas desconhecidas nas ruas, praças, de casa em casa, hospitais
e escolas, buscando principalmente desenvolver relacionamentos com vizinhos e
outras pessoas acessíveis[7]
Todos nós somos
chamados para participar do projeto de Deus no mundo e a melhor maneira de
participar é fazendo discípulos/as, transmitindo o evangelho e se comprometendo
com a mudança do mundo. Estamos no mundo (a criação de Deus), mas não somos
deste mundo (o sistema que o governa) e assim devemos “proclamar a Cristo até
que ele venha: um chamado para toda a Igreja levar todo o evangelho a todo
mundo[8]”. Que o Senhor nos abençoe nesse desafio de
plantar Igrejas e cumprir a plenitude da grande comissão.
[1] LIDORIO, Ronaldo. Plantando
Igrejas: Teologia Bíblica, Princípios e Estratégias de Plantio de Igrejas. São
Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 2007. Pp.43-44.
[2] BERNANDO, Salovi. MORAES, Luis
Paulo de Lira (Organização). Ação Social da Igreja de Cristo. Rio de Janeiro:
JUERP, 1998. P.37.
[3] BRANDÃO, Fernando. (Org.). Igreja
Multiplicadora: 5 Princípios Bíblicos para o Crescimento. Rio de Janeiro,
Convicção.p.103
[4] EARLEY, Dave. Oito hábitos do
líder eficaz de grupos pequenos: Orientações para transformar seu ministério
fora do encontro do grupo pequeno / célula. Curitiba, 2014. Editora Ministério
Igreja em Células.
[5] BRANDÃO, Fernando. (Org.).
Igreja Multiplicadora: 5 Princípios Bíblicos para o Crescimento. Rio de
Janeiro, Convicção.
[7] Idem, p.103.
[8] PADILHA, René. O que é missão
Integral?. Ultimato, 2009. p.39
[9] Plantação de Igrejas Através das Células no Contexto Urbano do Século XXI. Trabalho de Conclusão de Curso: Douglas Bortone, Sávio Dias Barros de Oliveira e Tiago Roberto Ribeiro. UMESP, 2015.
[9] Plantação de Igrejas Através das Células no Contexto Urbano do Século XXI. Trabalho de Conclusão de Curso: Douglas Bortone, Sávio Dias Barros de Oliveira e Tiago Roberto Ribeiro. UMESP, 2015.
sexta-feira, 28 de agosto de 2015
OS DEZ MAIORES ERROS QUE COMETI NA PLANTAÇÃO DE IGREJA
por Carolyn Moore
10) Eu
pensava que as pessoas que me davam conselhos antes de eu iniciar o processo de
plantação eram idiotas.
John Maxwell, no livro Os Dez
Maiores erros que os Líderes Cometem diz que o principal erro da liderança
é ter uma atitude de cima pra baixo. Ou seja, uma atitude autoritária, o que
resulta em inabilidade para ouvir aos outros. Em última instância, isso tem a
ver com orgulho. O que significa que o 10º erro é na verdade o 1º. Todos os
meus maiores erros foram consequências do pecado do orgulho – a inabilidade de
andar na qualidade cristã da humildade, compartilhando o poder e permitindo aos
outros terem acesso a mim.
9) Eu
pensava que as pessoas que me davam conselhos após eu começar a plantação eram
brilhantes. E frequentemente eu avaliava meu trabalho baseado em como ele
parecia bom (ou ruim) para elas.
Eu ficava ansiosa buscando exemplos de sucesso o que me trazia um
constante senso de fracasso, à medida que eu me media pelas experiências deles.
E eu fracassei muito por tentar ser como eles.
8)
Eu negligenciei meu descanso, minha família e minha alma.
O descanso foi uma questão central para mim, sobretudo, no começo do
processo. Sobre a família, se eu pudesse passar um conselho a esta nova geração
de plantadores de igrejas eu diria: meça o quanto custa pra sua família o
processo. É um sacrifício para eles, e se as coisas não estão bem agora, pode
ser que este não seja o tempo de Deus.
7)
Eu frequentemente fui tentada a sacrificar nossa visão de longo prazo pelos
ganhos de curto prazo.
A plantação de igreja é uma aventura arriscada. É arriscada para você e
para as pessoas que investem em sua visão. Esta é a natureza das coisas novas.
Esse risco pode criar uma sensação de desespero, por vezes, que nos leva
a sacrificar a visão de longo prazo para obter ganhos de curto prazo. Posso
testemunhar que sempre que eu fiz isso, a igreja sofreu.
6) Eu
fui muito dura comigo mesmo.
Jesus realmente quis dizer isso quando disse: “não tenham medo, pequeno
rebanho, pois foi do agrado do Pai dar-lhe o Reino.” (Lucas 12.32) Se Ele lhe
chamou, é porque Ele gosta de você, e vai usá-lo.
5)
Eu frequentemente medi o meu sucesso ministerial baseada no meu humor.
Isso é só para pessoas que tem sentimentos muito fortes como eu. Eu
tendo a julgar as coisas baseada em como me sinto sobre elas. Se você é assim,
então a coisa mais importante que posso lhe dizer é: sentimentos não são a
mesma coisa que fatos.
4) Eu
confiei nos meus dons e habilidades, e esqueci do poder do Espírito Santo (ou
não reconheci o poder de Deus quando ele estava bem na minha cara).
Certa vez Jesus disse aos fariseus que eles erravam porque não conheciam
o poder de Deus. Todos meus medos irracionais e questionamentos ruins vieram da
mesma ignorância.
3)
Eu superestimei pessoas.
Não nomeie alguém para liderar que não entenda e viva a visão da igreja
– incluindo a participação nos pequenos grupos, ser membro e dizimista.
2)
Eu subestimei a natureza espiritual da plantação de igreja.
Ministério é um exercício espiritual, não um desempenho – um ato de
obediência, não uma contagem. No campo espiritual existem batalhas. Se o seu
objetivo como plantador de igreja é ganhar pessoas para Cristo, você entrará
nesta batalha. Isso pode ser bem intenso.
1) Eu
não passei tempo suficiente orando (Oswald Chambers diz que “orar é o
trabalho”).
A maioria de meus principais erros aconteceram porque eu estava muito
desesperada para ver algo acontecendo que eu não pude esperar o agir do Senhor.
Mas esperar no Senhor é 90% do trabalho da plantação de uma igreja. Trata-se de
planejamento, de previsões, de trabalhar, de insistir e dar tudo o que tem...
então, esperar o tempo do Pai. Aprender a esperar no Senhor é a diferença entre
o sucesso e a frustração no ministério.
Carolyn Moore é pastora e plantadora
de igreja, sendo presbítera ordenada na Igreja Metodista Unida. Em 2003 plantou
e pastoreia até hoje na cidade de Augusta, Geórgia/EUA a Mosaic United
Methodist Church, que hoje conta com centenas de batismos e profissões de fé.
Tradução e Adaptação: Lucas Andrade
Ribeiro
Extraído: http://churchplantercollective.seedbed.com/2015/07/15/top-ten-mistakes-ive-made-church-planter/
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